EM MOVIMENTO

IVG Protesto e Indignação

Reproduzimos a carta enviada à Direcção de Informação da RTP a propósito da entrevista transmitida sobre a IVG, manifestando o nosso protesto e indignação pela mesma e desafiando a RTP a que no o dia 11 de Fevereiro, dia quem que se assinalam 17 anos do Referendo à Interrupção Voluntária da Gravidez permita, em espaço idêntico ao que deu aos que se opõe a este direito conquistado pelas mulheres, entrevistar o MDM para que se possa pronunciar, também, sobre os dados comentados hoje, dia 9 de Fevereiro.

À Direção de Informação da RTP
O Movimento Democrático de Mulheres – MDM vem pela presente manifestar a sua indignação face à entrevista transmitida hoje, 9 de fevereiro, sobre a Interrupção Voluntária da Gravidez, a dois dias da passagem de mais um ano do Referendo que permitiu garantir às mulheres o direito de escolha, e deu resposta a uma questão de saúde pública.

A entrevista apenas a uma representante de Associações “Pró-vida” (e que sempre se manifestou contra o direito de opção da mulher), é uma opção que registamos com lamento.

Daí o nosso lamento, que seguramente compreenderão, bem como a nossa indignação pelo facto dessa opção não ter seguido os próprios valores autodeclarados da RTP – operador de serviço público de Rádio e Televisão de Portugal – nomeadamente a isenção, o pluralismo e a liberdade de expressão, bem como o confronto das diversas correntes de opinião.

Dada a sensibilidade e extrema importância deste assunto e seguras que a RTP não deixará de ter em consideração o seu compromisso de sempre fazer uma “defesa intransigente” da liberdade de expressão num quadro de um serviço público independente, vimos desde já solicitar que seja dada igual oportunidade – em espaço e tempo idêntico – a uma representante do Movimento Democrático de Mulheres (organização de defesa dos direitos das mulheres, em que se inclui o direito da mulher a optar em segurança e respeito pela sua privacidade), no dia 11 de Fevereiro, dia quem que se assinalam 17 anos do Referendo à Interrupção Voluntária da Gravidez, para que se possa pronunciar, também, sobre os dados hoje comentados.

Certas de que esta solicitação legítima merecerá acolhimento, apresentamos os nossos cumprimentos.

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