Por direitos, pela igualdade, pela justiça social e pela Paz
Assinala-se a 28 de Maio o Dia Mundial da Saúde da Mulher e a este propósito, o MDM alerta para um conjunto de situações que ocorrem e são agravadas, por causa da pandemia CoViD-19.
Os cuidados de saúde primários têm um papel fundamental na promoção da saúde da mulher
Por causa da pandemia, registou-se uma diminuição no acesso aos cuidados de saúde presenciais que afetou os cuidados de saúde das mulheres, em particular. O cancelamento ou adiamento de consultas médicas e de enfermagem, ou consultas assistenciais de prevenção e acompanhamento, como as de planeamento familiar têm um impacto negativo na saúde sexual e reprodutiva das mulheres. E a diminuição de acesso aos cuidados de saúde tem impacto diverso, consoante a região do País.
Só com um SNS mais forte se garante o acesso a cuidados de saúde para todas as mulheres
O SNS para dar resposta eficaz a insuficiências estruturais necessita de um forte investimento para melhor qualificação e eficácia numa relação de proximidade em articulação local, regional e nacional. Um forte investimento que permita o reforço urgente dos recursos humanos, da adequação às necessidades das unidades de saúde, dos equipamentos, de disponibilização aos tratamentos mais inovadores, e da investigação.
Pelo direito à saúde que tenha em conta a natureza dos problemas específicos do corpo das mulheres, o MDM continua a exigir:
- Mais recursos humanos, com melhores remunerações e carreiras e sem precarização e com direito a formação adequada;
- Um forte impulso aos cuidados de saúde primários, com mais centros de saúde, mais médicos e enfermeiros de família, com equipas especializadas na saúde sexual e reprodutiva e saúde mental, e com meios de diagnóstico;
- Novas maternidades, centros de fertilidade, consultas de IVG;
- Elevar os níveis de prevenção, de diagnóstico precoce e tratamento adequados nas doenças cancerosas:
- aumentando as taxas de cobertura aos rastreios, e maior sensibilização para a adesão das mulheres;
- alargando o acesso à vacina do Vírus do Papiloma Humano, até aos 45 anos de idade, e o acesso gradual ao rastreio às mulheres, com mais de 20 anos;
- abrindo progressivamente o rastreio do cancro da mama, às mulheres abaixo dos 50 anos de idade, e com comparticipação, sem discriminações, das próteses e de outros equipamentos;
- reduzindo o tempo de resposta nas consultas e cirurgias.
- Formação específica dos profissionais de saúde e melhoria na proteção e assistência às vítimas de violência;
- Alargamento das consultas de planeamento familiar, nomeadamente ampla distribuição de métodos contraceptivos, como prevenção de DST;
- Mais investimento na educação sexual e adequação de conteúdos nos programas de sensibilização.
O MDM vai continuar a lutar para que estas propostas sejam transpostas para a lei e para a vida das mulheres.
A saúde é indissociável da efetivação da igualdade
Para conhecer a tomada de posição do MDM, clique aqui.