EM MOVIMENTO

1º MAIO – 45 ANOS DE COMEMORAÇÕES EM LIBERDADE

De norte a sul do país, o MDM saiu à rua celebrando Maio, erguendo a sua voz contra a discriminação salarial, a precariedade, a violação dos direitos de maternidade e paternidade e a desregulamentação dos horários de trabalho, exigindo o cumprimento dos direitos e valores de Abril, de uma nova política assente na justiça social, no progresso e desenvolvimento do País, na construção de uma verdadeira política de igualdade.

A igualdade na vida das mulheres como um combate do nosso tempo é uma prioridade da luta das mulheres.

1º MAIO – 45 ANOS DE COMEMORAÇÕES EM LIBERDADE

A Revolução do 25 de Abril abriu portas a profundas transformações na vida das mulheres e de toda a sociedade. Desde logo a liberdade que permitiu comemorar o 1º de Maio com grandes manifestações da população.

A Revolução de Abril de 1974 garantiu a igualdade entre homens e mulheres no trabalho, na família e na sociedade.

Sim, garantiu a consagração do princípio do salário igual para trabalho igual, mas as mulheres ganham menos 14,9% que os homens, sendo a diferença maior nas empresas privadas (22,6%), do que nas empresas públicas (13,4%) e a desigualdade é ainda mais elevada entre os quadros superiores, atingindo um diferencial de 27,6%.

Sim, garantiu a fixação do salário mínimo nacional, mas é elevada a percentagem de trabalhadores com este salário – 23% -, sendo de 26% entre as mulheres.

Sim, garantiu a igualdade de oportunidades no trabalho e no emprego entre mulheres e homens mas a maioria das mulheres – 48,5% – ocupa profissões administrativas, de serviços e venda e não qualificadas, apesar de serem 61,6% da população activa com ensino superior.

Sim, garantiu o direito ao emprego estável mas cerca de 67% das jovens com menos de 25 anos e 35% das que têm entre 25 e 34 anos têm contratos não permanentes.

Sim, garantiu o reconhecimento da maternidade como valor social eminente mas as trabalhadoras são discriminadas a até despedidas por quererem exercer os seus direitos.

Sim, garantiu a conciliação da vida pessoal e familiar com a vida profissional mas as mulheres com actividade profissional despendem mais 1h40 por dia útil que os homens, em casa e enfrentam a desregulação dos horários de trabalho sendo que 43% das mulheres assalariadas trabalham por turnos, ao serão, noite, sábado ou domingo ou numa combinação entre estes tipos de horário.

Sim, garantiu o direito à protecção social com a atribuição ao estado do desenvolvimento de uma rede nacional de assistência materno-infantil e a criação de uma rede pública de creches mas há graves assimetrias regionais com crianças a nascerem em ambulâncias e as despesas com infantários e creches são elevadíssimas.

Sim, garantiu o acesso universal à educação mas a rede pública de educação pré-escolar é deficitária, sendo mais grave na área da Grande Lisboa.

Direitos alcançados, mas ainda por cumprir plenamente, pelo empenho das mulheres portuguesas na luta pela liberdade, pelo progresso, por uma verdadeira democracia.

Celebramos Maio depois de Abril com os olhos no futuro, mantendo vivo o seu significado mais profundo, nas novas gerações e intervindo para que as mulheres continuem a tomar nas suas mãos a exigência do cumprimento dos direitos e valores de Abril, de uma nova política assente na justiça social, no progresso e desenvolvimento do País, na construção de uma verdadeira política de igualdade.

A igualdade na vida das mulheres, como um combate do nosso tempo é uma prioridade da luta das mulheres.

Maio 2019

Ver Comunicado (PDF)

GALERIA DE IMAGENS

wb_gestao21º MAIO – 45 ANOS DE COMEMORAÇÕES EM LIBERDADE

Related Posts