9 de Novembro de 2016

Solidariedade com Suelma Beiruk dirigente da União das Mulheres Saharauis

Foto MDM – Suelma Beiruk nas comemorações do Dia Internacional da Mulher em Lisboa |Marcha “Um Movimento de Mulheres em Movimento ” 12 de Março de 2016

MDM condena a atitude arbitrária e prepotente do Reino de Marrocos sobre a Vice-presidente do
Parlamento PanAfricano, impedindo-a de participar na Conferência das Nações Unidas sobre o
Clima

O Movimento Democrático de Mulheres (MDM) denuncia e condena a deportação forçada e
arbitrária da Vice-presidente do Parlamento Panafricano Suelma Beiruk, também dirigente da
União das Mulheres Saharauis, hoje de manhã, pelas autoridades de Marrocos, do aeroporto de
Marrakech onde ia participar na Cimeira sobre o Clima, para a Argélia.

Suelma Beiruk , vice-presidente do Parlamento Panafricano, deslocava-se a Marrocos para
participar na Cimeira do Clima em Marrakech de 7 a 18 do mês corrente, promovida pelas
Nações Unidas, quando as autoridades de Marrocos a obrigaram a abandonar o aeroporto de
Marrakech, a meteram num voo com destino a Casablanca onde permaneceu horas até que foi
obrigada de novo a tomar outro voo com destino a Oran na Argélia.

Suelma Beiruk visitou Portugal a convite do MDM em Março de 2016 tendo participado em várias
iniciativas comemorativas do Dia Internacional da Mulher. Foi recebida por alguns Presidentes de
Câmara, entidades várias e por todos os grupos parlamentares da Assembleia da República que
lhe manifestaram apreço e solidariedade. Suelma Beiruk é uma diplomata que luta pela dignificação
da mulher africana, pela dignidade de um povo que sonha ser livre e cuja liberdade e estatuto
foram abusivamente desrespeitados.

O MDM não pode calar este acto de violação flagrante dos direitos humanos, violação e
desrespeito total pelas normas e tratados internacionais e diplomáticos por parte do reino de
Marrocos que significa mais uma vez a arrogância, o autoritarismo e o desprezo com que
Marrocos enfrenta as mulheres e o povo saharaui que há décadas lutam pela sua
autodeterminação e independência e que é reconhecido como povo por dezenas de países das
Nações Unidas.

O MDM exprime a sua solidariedade com Suelma Beiruk na sua luta pelos direitos das mulheres e
pela paz no mundo e apela ao Governo português e às instâncias internacionais para que
intercedam junto do Reino de Marrocos, obrigando-o a cumprir as Resoluções da ONU que
reconhecem o direito do povo saharaui à autodeterminação, nomeadamente, criando as
condições para o exercício do Referendo, exigindo a libertação dos presos políticos e a vigilância
que se impõe sobre todas as formas de repressão exercidas pelas forças de ocupação
Marroquinas sobre mulheres, crianças e o povo do Sahara ocidental.

 

 

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