DIA INTERNACIONAL DA MULHER 2018

Por proposta de Clara Zetkin, em 1910, o Dia Internacional da Mulher é o símbolo centenário da luta emancipadora das mulheres e permanece como um momento para a afirmação do movimento de mulheres e pela reivindicação da igualdade de direitos e oportunidades, pela paz e solidariedade entre mulheres de todo o mundo.
O século XX foi um século de grandes lutas pelos direitos das mulheres.

As mulheres conquistaram o direito de acesso, nomeadamente, à educação, à contracepção, ao voto e à participação política, ao mercado de trabalho e à investigação.
Foi o século de importantes transformações na condição feminina, de significativos avanços na desconstrução de estereótipos e do reconhecimento, visibilidade e respeito pelo seu estatuto social e político.

Foram conquistas difíceis que motivaram a luta das mulheres do mundo e que hoje correm sérios riscos de colapso com retrocessos nos direitos, o surgimento de novos
estereótipos, a intensificação das guerras e conflitos armados, a agudização de velhas e novas formas de exploração e de violência.

Hoje, como no passado, as mulheres não permitirão que tais retrocessos ofusquem as perspectivas de terem uma condição social digna.

8 de Março
Dia de Solidariedade Internacional!

O MDM reitera o compromisso de prosseguir a luta pela liberdade, pela autodeterminação, pela igualdade e a paz, contra os fautores das guerras que, movidos por interesses
económicos e de dominação imperialista, humilham e ofendem mulheres e crianças condenando-as à fome, à miséria, à discriminação, ao subdesenvolvimento e à morte.

O MDM sente profunda preocupação com a guerra na Síria, na Líbia e no Médio Oriente, de que tem resultado a catástrofe humanitária, bem visível nos enormes fluxos de refugiados a que assistimos diariamente, e que flagela de forma especialmente violenta mulheres e crianças.

O MDM manifesta uma grande solidariedade com as mulheres da Palestina e do Sahara Ocidental, vítimas da ocupação e da agressão colonial e imperialista de há décadas, perante o silêncio cúmplice da comunidade internacional.

O MDM manifesta solidariedade à Federação Democrática Internacional das Mulheres (FDIM), às suas organizações filiadas e às mulheres do Mundo inteiro que lutam e resistem.

Sem a participação das mulheres
Não haverá desenvolvimento nem progresso!

Afastados os responsáveis pelo empobrecimento do País e a agudização das desigualdades nos últimos anos, as mulheres e o País precisam de políticas que anulem as medidas gravosas contrárias aos direitos das mulheres e que promovam o aprofundamento de direitos retomando os caminhos para a igualdade, o desenvolvimento, o progresso e a paz.
O Movimento Democrático de Mulheres (MDM) não ficará à espera! Continuará, de forma empenhada, a intervir com as mulheres portuguesas pela garantia de respostas concretas às suas aspirações.

O MDM continua a intervir para combater: todas as formas de violência – física, psicológica e sexual – contra as mulheres e as crianças; a desvalorização do trabalho da mulher, o trabalho precário, as discriminações salariais e todas as penalizações relacionadas com a maternidade; a pobreza; as discriminações em razão da orientação sexual; o  racismo e a xenofobia.

O MDM prossegue em movimento, com todas as forças democráticas, pelo reconhecimento e valorização dos direitos das mulheres como direitos humanos.

O MDM continua a lutar:

• pelo emprego como um direito fundamental, condição básica para a independência económica, a emancipação intelectual e cultural das mulheres;
• pela promoção da saúde da mulher no âmbito do SNS;
• por uma escola pública inclusiva, gratuita e de qualidade; pela protecção social;
• pela protecção da maternidade;
• pela conciliação da vida familiar e profissional; pelo direito de opção quanto ao tipo de família, à adopção e coadopção de crianças;
• pelo aumento e valorização da participação política das mulheres, aumento da sua inclusão nos processos de decisão e nas relações paritárias de poder.

Os direitos das mulheres não podem esperar!